domingo, 24 de abril de 2011

Novas histórias

Cabra malaco a gente conhece no ato
No arrastar do seu sapato e no jeito de falar
De noite, dorme sempre com um olho aberto
Pois o cabra que é esperto nunca pode vacilar

Saiu do norte e foi bater no sul distante
Com cara de retirante e com vontade de trabalhar
Perdeu a vez olhando a moça de biquini
Deu com a cara na vitrine e já começou a apanhar

“davida
E já começou apanhar
“da vida”

Cabra da peste a gente conhece na hora
pelo olho que devora e pelo jeito de andar
De dia, acorda buscando o cheiro do barro
mas o barulho do carro não deixa o galo cantar.

Saiu da terra e foi bater no asfalto quente
chão que não ama semente e que obriga a se calçar
Perdeu a vez olhando o mar, abestalhado,
Acabou sendo assaltado
e já voltou a apanhar

Da vida
e já voltou a apanhar
Da vida

(Léo Pinheiro e Rodrigo Sestrem)

”Açude grande!”

Matuto olhando o mar, abestalhado com a quantidade de água. Chega um malandro urbano.

Malandro: E aí! Belê?
Matuto: Hum...
Malandro: Açude grande, né?
Matuto: Ô! Demais!
Malandro: Tu gostou?
Matuto: Ô! Demais!
Malandro: É meu. Herança de família.
Matuto: Hum.
Malandro: Mas tô precisando vender... motivo de viagem...
Matuto: Hum hum.
Malandro: Tá interessado em comprar?
Matuto: Tô sim... mas só se vier cercado.


(Rodrigo Sestrem)

Um comentário:

Mica. disse...

Assisti a Cia Mulungo no canal Brasil domingo e fiquei apaixonada pelo o trabalho que voces fazem,meus parabéns! Muito belo mesmo! Daí saí na internet procurando tudo sobre vocês,adorei mesmo mesmo!