domingo, 29 de novembro de 2009

Outro tempo começou

Outro tempo começou pra mim agora
Eu choro mais, dou menos risada e até tenho vontade de ficar um pouco mais em cada lugar
A sensação é estranha
Um outro tempo começou pra mim agora
Não sinto saudades de casa, e ainda conto as mesmas estórias
Sinto o vento no meu rosto
Meus planos já não são os mesmos por que esses eu já perdi
Não faço planos e ando triste, sinto saudade da vontade de sorrir
Sinto sono e desespero e digo então que consegui
Não creio na vida e peço trégua, pra respirar um pouco mais
Não gosto do desprezo, mas pior que isso é a piedade
Não concedi a ninguém o direito de sentir pena de mim
"Isso um dia vai mudar", diz um amigo do meu lado
Eu olho calmo e devagar e espero que ele não esteja errado
Um outro dia começou
E o que me resta agora é esperar

(Léo Pinheiro)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Água

Já falaram tanto sobre as águas
Mas ainda há muito pra se lavar
Já ate andaram sobre as águas
Mas ainda há muito pra aprender
A andar sobre as águas e não se afundar

Brotando no íntimo do tempo
Transportando o passado pro presente
Lapidando as pedras do caminho
Registrando nas águas dos olhos
A história de vida dessa gente

Água do meu coração é ouro
É sentimento puro quando choro
É conforto quando me consolo
Minha existência nesse solo

Água cristalina é diamante
Quando é fonte que germina do perdão
Água que descendo dos montes
Pra serem sagradas nesse chão

Rio Araguaia Tocantins
Aqüífero Guarani
Rio Amazonas São francisco
No quintal do meu jardim (do meu País)

Água limpa , serena, acalma
Será que a água tem a cor da alma
Tão transparente tão aparentemente descartável
Tão insubstituível
Me facina como que um sentimento
Molha as retinas

Não se inibe, tão humilde
Tão moldável em gotas de amor
És mais do que eu possa existir
Do amor tão íntima

És mais do que eu possa existir
Na continuação, ação contínua
Do verbo amar a maravilha da vida

(Léo Pinheiro e Juraildes da Cruz)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Rindo de Tudo

Para Nágila ”Tinina”

Meu amor, meu eterno amor
Eu me lembro bem do dia em que te conheci
Eu me lembro bem do dia em que te convenci, meu amor
O sorvete lá na praça e um jeito de cantor
Eu assim meio sem graça e você nem notou, meu amor

Em meio a poeira e o sal
Só havia eu e você
No meio do vendaval
Só havia eu e você

Na ilha deserta, na terra distante bem longe de nós
Sem medo do mundo, rindo de tudo se fez nossa voz

E no meio desse carnaval
O que importa sou eu e você
E no meio desse vendaval
O que importa sou eu e você

(Léo Pinheiro)