sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Sintoma de Abandono

Ela me disse
que era hora de ir embora
que o homem, quando chora,
não vale a pena ficar

e eu parado
secando a chuva dos óio,
quanto mais choro e não móio
mais difícil disfarçar!

Cidade grande
é coisa muito interessante
cabra macho retirante
traz peixeira e traz punhá!

Mas no primeiro
sintoma de abandono
cabra macho perde o sono
e já sente a faca envergá...

E quanto mais
o tempo vai passando
a cidade vai buzinando
as histórias do lugar

Quem sabe agora
esse homem já não chora
pois quando a saudade aflora,
logo começa a cantar!

(Léo Pinheiro - Renato Luciano - Rodrigo Sestrem)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Corrida

Que o amor siga em frente e não desanime
vamos torcer por ele. Nessa corrida ele precisa da torcida,
ele é veloz e tem chance, vamos embora, pra frente, sorrindo, amando,
assim ele não vai precisar fazer parada, não vai esquentar a cabeça vai seguir concentrado e vai ganhar de lavada. Eu apostei todas as minhas fichas em você.

(Léo Pinheiro)

FILHOS DO BRASIL "RECIFE"



Final do espetáculo FILHOS DO BRASIL em Recife.

Sabedoria Atrasada

O homem nasce e acredita que pode tudo,o tempo passa ele fica velho e descobri que pode mesmo.

(Léo Pinheiro)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

FILHOS DO BRASIL



Teatro do Jockey - Rio de Janeiro FILHOS DO BRASIL

sábado, 5 de dezembro de 2009

Improviso

esses tempos modernos são estranhos,
namoro a distancia,
fila de banco,
sexo virtual,
internet, net combo, net, noturno,
amor frouxo.

esses tempos antigos são estranhos,
encontrar quem se ama,
aperto de mão,
conversa no café,
pão de queijo de vó,
violão na varanda.

(Léo Pinheiro/Renato Luciano)

obs. O improviso poderia ter ficado melhor, mas a preguiça do Mineiro não deixou.

Tempo rei

Abri excessão para o meu querido e amado Gil. Aí está.

Não me iludo
Tudo permanecerá do jeito que tem sido
Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando todos os sentidos
Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva e pelo eterno vento
Água mole
Pedra dura
Tanto bate que não restará nem pensamento

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei

Pensamento
Mesmo o fundamento singular do ser humano
De um momento
Para o outro
Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos
Mães zelosas
Pais corujas
Vejam como as águas de repente ficam sujas
Não se iludam
Não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei

(Gilberto Gil)