quinta-feira, 19 de maio de 2011

Léo Pinheiro em Claudiney Soares (Sandro Petrille)

Um músico sai de Palmas (TO) com um violão nas costas e um sonho na cabeça. Vai tentar a vida no Rio de Janeiro. A história é familiar para você? Imagine então para Léo Pinheiro, tocantinense de Paraíso que há 3 anos foi selecionado para a Companhia Mulungo, de Oswaldo Montenegro. No monólogo Claudiney Soares na Comédia das Maravilhas, Léo vive personagem que dá nome a peça, uma espécie de caricatura de si mesmo. E o próprio Oswaldo me confidenciou mais tarde que, ao chegar no Rio, Léo parecia mesmo com Claudiney. "Ele compôs uma canção. Falei: 'cara, isso é genial!' Ele me disse: 'bicho, vamos lá botar na rádio pra tocar!' Eu respondi: 'Léo, eu lhe disse que é brilhante. Não vai tocar na rádio'". E todos riram, inclusive Oswaldo, eu e o próprio Léo.
O espetáculo é uma espécie de stand up comedy musical, com canções de Léo Pinheiro, Oswaldo Montenegro, Juraildes da Cruz e "uma porrada de artistas", como anuncia o locutor no início. Se é divertido? Muito, demais. Eu cheguei a enxugar lágrimas. Esqueçam Léo Pinheiro como um simples cantor. Pela direção de Oswaldo, nosso Pinheirinho se tornou um ator inspirado e dedicado. Hilário ao interpretar o personagem que é uma espécie de guru de Claudiney, inspirado em Arnaud Rodrigues, espécie de guru de Léo. Certamente, o próprio Arnaud - e seu espírito iluminado - riria de si em sua imagem construída na peça. Claro que o talento musical de Léo não se omite. O roteiro passeia por vários ritmos e instrumentos. Sozinho no palco ele toca violão, cavaco, surdo, baixo e chocalho. E ainda apresenta a banda...



Peça


A peça tem roteiro pronto para virar filme. Oswaldo e Léo correm atrás de apoio. As filmagens serão em Palmas, cidade do personagem. Enquanto isso o espetáculo vai pra São Paulo dia 26. Quando estreia em Palmas? Depende de interesse, de apoio, de contratação, de boa vontade com o talento tocantinense. Mas quer saber? Seria uma vitória de tantos Claudineys Soares que fogem descalços e, depois de tantos tropeços, topadas e calos, sonham com o dia em que poderão voltar pra casa e entrar pela porta da frente trazendo de presente a satisfação da conquista e um sorriso no rosto. (Sandro Petrilli - Especial para o JTo) ▩

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