Quem sobe as escadas da Penha
Quem faz o maior alvoroço
Canta pra Deus pede chuva
Quem uiva no mês de agosto
É virgem aquele que ama
Como se fosse a primeira vez
Canto pra espantar os males
Sou pó, sou poeira na estrada
Eeee, Mundo cão
Eu grito e ninguém socorre
Eeee, mundo bão
É pena que a gente morre
Meu Pai o criador do mundo
Ta cansado de tanto ajudar
Esses filhos que nunca se cansam
Eu deixo a vida me levar
Lavando roupa na bacia
A tia, o pai e o avô
Sol a sol de noite ou de dia
Essa é a vida do trabalhador
Quem foi pra avenida sambar
Sem se preocupar e todo mundo viu
Na quarta feira de cinzas
Agradece que o Cristo sorriu
Minha escola de samba perdeu
Esse começou errado
Mas eu levo a vida de leve
É na brisa que eu me agasalho
Meu pai abençoa esse povo
Que tem ombro e bom coração
Sou seu filho e não fujo da guerra
Nem que seja sem a cerveja e o feijão
Mas se posso escolher
Oi que eu pego o viola
E do jeito na situação
Do um aperto na nega
E saio pra curtir o domingão
Eeee, Mundo Cão
Eu grito e ninguém me escuta
Eeee, mundo bão
É pena que a gente morre
(Léo Pinheiro)
Um comentário:
Achei seu blog!
Cara, esse poema lembra Gonzaguinha!
Adoro.
Beijão!
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