quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Isso doeu pra caramba

Em meio ao pó mortal
Do sol a pino,
Escorre no rosto
A lágrima do escaldante calor
De uma mina de ilusões
Fere fundo o corte da cana
Deixa sujo.
Mina, o sangue. O carvão!
De doce nada tem
Hipocrisia...
Me vem um tal homem do povo
Dizer que é tudo natural
Ainda bem que ainda podemos respirar
Enquanto nos resta um pouco de ar puro
Eu!! Prefiro cortar as palavras
E tentar extrair da minha própria mina
Um pouco do que ainda me resta
Da vontade de seguir
Como disse Caetano,
Que não corta cana nem extrai carvão.
“...o brasileiro tem que parar de reclamar
E seguir acreditando que tudo
Um dia vai mudar.”
Isso doeu pra caramba.

(Léo Pinheiro)

Um comentário:

Larissa disse...

Isso foi bom pra caramba!!